terça-feira, 18 de maio de 2010

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Do que adianta você me oferecer essa eternidade toda? O que eu faço com ela depois? Você diz que tudo acabou pra sermos eternos, e que cada segundo do passado vai continuar acontecendo lá atrás, numa redundante ação de verbos conjugados no infinitivo, indo e retornando, acontecendo pra sempre. Do que adianta, me diz? Do que adianta ser sua no meu passado e hoje já não possuir mais nenhuma relação “piegas” com você? Do que adianta te preservar assim, intacto e parnasiano, e hoje enxergar suas rugas quando você sorri de longe, observar as suas atitudes imaturas e assim conseguir modificar o que já foi, reconhecer o que você não era e que eu mesma, tapada de amor, me recusava a enxergar...? Do que adianta, meu deus?! Me diz, sério, eu quero que você me explique, por que valorizar assim tanto o que já fomos se isso vai se perder, e vai se diluir, e mais tarde vai se modificar porque eu vou esquecer que você tinha alface entre os dentes quando foi dizer que me amava, e daí eu vou pensar que foi tudo lindo, mas não foi, aliás, foi ridículo. Desculpa, foi mesmo.
Se for pra terminar, diz assim “você já não me agrada mais” tudo bem, qual argumento eu vou ter pra isso também, né? Nenhum, oras, o que eu posso fazer se já acabou e ta mesmo nessa merda toda, você também anda chato demais, reclama de tudo, mas tudo bem, não, não vamos discutir isso outra vez, eu já sei, é, eu já sei, já sei... Eu sei que eu to chata também, tudo bem, a gente já falou disso. Tudo bem.
Ah, quer saber, tudo bem é o caramba, enfia essa “eternidade” no cu, romanticozinho de merda. E vai se foder também.

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